Nasceu em Agosto de 1993, pelas mãos de António Pragosa, para colmatar uma necessidade da região Centro e divulgar a modalidade de karting junto de miúdos e graúdos. Volvidos 30 anos, e após a passagem de milhares de visitantes e o lançamento de centenas de crianças e jovens no desporto automóvel, o balanço “não podia ser mais positivo”.
“Tem sido um percurso muito bom, onde temos procurado inovar de forma constante, sem esquecer também a preocupação com a sustentabilidade”, refere o fundador do Euroindy – Kartódromo da Batalha, destacando o lançamento do seu primeiro kart. Foi em 2011 que o Euroindy desenvolveu o seu primeiro protótipo, designado por PRO-X 012, no qual trabalhou durante três anos. Após essa experiência, e corrigidos alguns aspetos técnicos, lançou-se para o mercado com o IZZI-FLEX, um kart mais versátil, robusto e flexível, combinando ainda um maior impacto visual, apresentado na Feira Internacional do Karting em Offenbach, na Alemanha, onde mostrou ser um kart à altura das grandes marcas.
Entre as várias inovações que tem procurado implementar, destaca-se também a instalação, após o período da pandemia, de máquinas de auto atendimento na área da receção, que permitem a cada
visitante selecionar de forma autónoma o tipo de aluguer que pretende, e assim seguir para a pista.
Segundo António Pragosa, a sustentabilidade “foi sempre uma preocupação”, sendo exemplo disso o término, no ano 2000, do troféu para motores a dois tempos, por forma a serem substituídos por motores a quatro tempos.
“Os motores a dois tempos sempre poluíram muito. Nessa altura promovemos uma campanha para que fossem substituídos por motores a quatro tempos, que são menos poluentes, e começámos a desenvolver esses motores, que utilizam gasolina sem óleo, ao invés dos utilizados em karts a dois tempos, que utilizam gasolina com óleo. Foi uma forma de ajudarmos, ou pelo menos contribuirmos, para uma menor poluição do planeta”, explica, acrescentando que “são coisas que vamos fazendo em prol da inovação e sustentabilidade, e que marcam a diferença”.
No futuro o objetivo passa pela fabricação de baterias, podendo aparecer a curto/médio prazo novidades nesse sentido. “Não há ninguém em Portugal a fazer isso. Vai ser um desafio grande. Há um projeto no âmbito do PRR ao qual nos queremos candidatar para termos painéis solares e fazer uso dessa produção. Queremos baixar o uso da gasolina”, afirma o fundador.
Se os principais clientes do Euroindy, ao longo do ano, são os pilotos e praticantes de karting, no Verão surgem sobretudo os turistas e veraneantes, que procuram a pista de 800 metros do Kartódromo da Batalha para se divertirem e passarem bons momentos em família e entre amigos.
Apesar da importância destes visitantes, durante o ano, é na Escola de Karting que a equipa do Euroindy está mais focada. Neste espaço os karts têm um sistema próprio que permite dar maior ou menor potência, consoante a idade, o peso e as características da criança.
Ao longo dos últimos anos, o Euroindy tem-se “afastado mais da vertente da competição”, focando-se sobretudo “no lazer, no estímulo das crianças e na formação de novos pilotos”.
A título de exemplo, será iniciado em Setembro o Troféu Ficha Limpa, para as crianças dos 10 aos 14 anos que não têm experiência no mundo do kart. “A criança tem de vir do zero ou ter apenas uma pequena experiência na área do aluguer. Este troféu surge precisamente para dar oportunidade a quem nunca andou e quer apostar nesta modalidade”, explica o responsável. A primeira prova tem lugar a 24 de Setembro, realizando-se a segunda e terceira provas em Outubro e Dezembro.
O fundador acrescenta ainda que “o objetivo é que o Euroindy continue pelo menos mais 30 anos” e, para celebrar as três décadas de atividade, já este sábado, 12 de Agosto, durante a terceira prova do Troféu Euroindy 2023, haverá bolo de aniversário.
CA – Jornal de Leiria, 10 de Agosto de 2023